História do Corínthians
A Fundação (1910)
Sob a luz do Cometa Halley, 1910 foi o ano da ousadia. O assunto que ganhava as ruas do bairro do Bom Retiro era o sonho de cinco operários, apaixonados por futebol, de criar um time de garra. Eram eles: Antônio Pereira, Carlos da Silva, Joaquim Ambrósio, Rafael Perrone e Anselmo Correia. Após o trabalho, os cinco amigos percorriam os campos nas várzeas convidando jogadores a se juntar ao time ainda em gestação. À noite, sob um lampião de gás, faziam o balanço da jornada.
À euforia com a organização do novo time foi acrescida a notícia da vinda ao Brasil do Corinthian Football Club, célebre team inglês criado em 1882 e espécie de embaixador do esporte bretão. Em 31 de agosto o esquadrão inglês derrotou a Associação Athlética das Palmeiras por 2 a 0 - nada a ver com o velho rival. A façanha impressionou.
Em 1º de setembro os cinco rapazes ganharam o reforço de oito amigos. Juntos resolveram fundar um time que, para alguns, deveria se chamar Carlos Gomes ou Santos Dumont, mas para a alegria da Fiel Torcida se chamou Corinthians. Assim mesmo, com um "s" a mais, já que a imprensa esportiva da época se referia aos jogadores do fabuloso esquadrão inglês como "os corinthians".
E foi em um sábado ensolarado, em 10 de setembro, que o time entrou em campo pela primeira vez. Desafiou o temível União da Lapa e perdeu por 1 a 0. Um ligeiro tropeço, mas, no jogo seguinte, a sina de vencedor se manifestou contra o Estrela Polar. Luiz Fabi abriu o placar, fazendo o primeiro gol da história do Sport Club Corinthians Paulista, e Jorge Campbell, o segundo. Resultado final: 2 a 0. Uma história de tradição e glórias mil estava apenas começando...
Tri do Tri (1939)
Foi uma conquista incontestável. Sob o comando de Del Debbio, o Timão escreveu, com duas rodadas de antecedência, uma página inédita na história do futebol paulista, faturando o terceiro tricampeonato, um feito que somente a Fiel Torcida pode comemorar.
Teleco, novamente, ficou em primeiro na tabela dos artilheiros, com 32 gols dos 63 do total da equipe. No jogo decisivo, o Timão passou por cima do Santos, batendo por 4 a 1, com dois gols de Carlinhos, um de Teleco e outro de Servílio (foto).
A equipe perdeu apenas uma partida no campeonato, vencendo 17 e empatando duas. E mais: com o título paulista, o 11º da história alvinegra, o Corinthians igualou-se ao Palestra Itália em número de campeonatos até então conquistados.
O Primeiro Mundial (1953)
Depois de encantar a Europa no ano anterior, o Timão ganhou em julho um torneio internacional disputado na Venezuela, reunindo dois poderosos esquadrões europeus, o Barcelona, da Espanha, e a Roma, da Itália, além de um selecionado de Caracas, representando as Américas.
Esse quadrangular ficou conhecido como a Pequena Copa do Mundo. O Timão foi campeão invicto. Na volta ao Brasil, os jogadores foram recebidos como heróis pela Fiel. São Paulo parou para ver o trajeto da comitiva entre o aeroporto de Congonhas e o Parque São Jorge.
A Invasão (1976)
A Fiel fez história no Brasileirão. Empurrou o Timão à vitória contra o Santa Cruz, no Recife, e encarou a "máquina tricolor" para chegar à final. O Fluminense, comandado por Rivellino, era o favorito, e decidia no Maracanã.
Mas a Fiel fez a diferença. Pelo menos 70 mil corinthianos "invadiram" o Rio de Janeiro pela via Dutra, ponte aérea e até por trem, desembarcando na Central do Brasil. Resultado: dividiu o "Maraca" ao meio.
Empurrado pelo 12º jogador, o Timão empatou em 1 a 1 no tempo normal, com gol de meia bicicleta do volante Ruço. Nos pênaltis, o goleiro Tobias levou a equipe à final. Mas o Internacional-RS estragou a festa. Apesar do vice do Brasileiro, a INVASÃO de 1976 ficará na história do futebol brasileiro.
O Fim do Jejum (1977)
Oswaldo Brandão, técnico que levou o Timão à histórica conquista do IV Centenário de São Paulo, em 1954, acabou com a fila de 22 anos. Em 13 de outubro, o Morumbi registrou mais de 86 mil torcedores pagantes (num total de 140 mil, recorde imbatível) empurrando o Timão ao tão sonhado título, no terceiro jogo da final com a Ponte Preta do goleiro Carlos, do zagueiro Oscar e do meia Dicá. No primeiro jogo, o Corinthians venceu por 1 a 0, mas a "Macaca" respondeu no segundo, vencendo por 2 a 1.
Faltavam menos de 10 minutos para o final do terceiro e decisivo jogo quando Basílio marcou o gol mais famoso da história do Timão, ficando eternamente conhecido como o "Pé de Anjo".
Democracia é BI (1983)
"Ganhar ou perder, mas sempre com a Democracia." Com essa faixa os jogadores do Timão entraram em campo na final contra o São Paulo ávidos pelo bicampeonato. O Corinthians liderou o Grupo B na primeira fase (19 vitórias, 12 empates, sete derrotas, 55 gols pró e 35 contra) e ficou em primeiro na chave E, na segunda fase (em seis jogos, três vitórias e três empates).
Nas semifinais, despachou o Palmeiras (1 a 1 e 1 a 0) e na grande final venceu a primeira partida e empatou a segunda, com gol de Sócrates. Delírio na arquibancada. A Fiel fez a festa no "Morum-Bi". O "Doutor" marcou 21 gols, um a menos que Serginho Chulapa, artilheiro do Paulistão.
A Conquista (1990)
Nada mais corintiano do que passar um campeonato inteiro com o coração apertado. E o Brasileirão de 1990 foi exatamente isso. Fazendo jus ao nome de time de virada, o Timão não decepcionou. Neto era o grande nome da equipe, o "Xodó da Fiel", mas quem reinou em 16 de dezembro foi Tupãzinho, fazendo o gol do título então inédito, batendo o São Paulo de Telê Santana por 1 a 0, no segundo e decisivo jogo.
Um Time Campeão (1995)
Ganhar a Copa Brasil de forma invicta, e ser o único clube paulista a conseguir esse feito. Coisa de Timão, que atropelou o Vasco (1 a 0 no Maracanã e 5 a 0 no Pacaembu) nas semifinais e disputou o título com o "copeiro" Grêmio dirigido pelo técnico Luís Felipe Scolari. No jogo de ida, no Pacaembu, o Corinthians venceu por 2 a 1, e foi ao Sul precisando de apenas um empate no estádio Olímpico para ser campeão.
O Timão segurou a pressão e no segundo tempo Marcelinho calou os gremistas, com o gol do título. O Corinthians fez "barba e cabelo", levando também o Paulistão, batendo o Palmeiras na final por 2 a 1, gols de Marcelinho e Elivélton. No primeiro turno, o Timão ficou em quarto lugar (dez vitórias, 12 empates, oito derrotas, 42 gols pró e 32 contra). Na segunda fase ficou em primeiro no seu grupo (cinco vitórias, um empate, 13 gols a favor e cinco contra).
O Melhor do Brasil (1998)
O Timão mostrou mais uma vez que é a equipe da virada. Sob o comando do técnico Wanderley Luxemburgo, o Timão se redimiu e chegou à final, enfrentando o Cruzeiro. No primeiro jogo, no Mineirão, o Corinthians mostrou a sua garra de campeão. Terminou o primeiro tempo perdendo por 2 a 0, mas arrancou o empate com gols de Dinei e Marcelinho. Na segunda partida, no Morumbi, Marcelinho abriu o placar, mas a "Raposa" empatou com Marcelo Ramos.
Às vésperas do Natal, em 23 de dezembro, o Timão deu à Fiel o presente de Natal: bateu o Cruzeiro por 2 a 0, gols de Edílson e Marcelinho, conquistando o segundo título no Brasileirão com uma campanha respeitável: 18 vitórias, 7 empates, 7 derrotas, 57 gols pró e 38 contra.
A Confirmação (1999)
Um ano inesquecível para a Fiel Torcida. No Paulistão, a campanha do Timão (nove vitórias, quatro empates, seis derrotas, 39 gols pró e 29 gols contra) levou a equipe às semifinais, em que atropelou o São Paulo. Na grande final cruzou com o rival Palmeiras e no primeiro jogo venceu por 3 a 0, arrancando empate em 2 a 2 no segundo, o bastante para conquistar o 23º título estadual, o que garantiu ao Timão a hegemonia no Campeonato Paulista no século XX.
Mas o fecho de ouro veio no segundo semestre, com o bicampeonato brasileiro. O Timão, sob comando de Oswaldo de Oliveira, fez história, liderando a competição de ponta a ponta. O Corinthians enfrentou na final outro time mineiro, desta vez o Atlético, e perdeu a primeira partida, disputada no Mineirão, por 3 a 2. No segundo jogo, no Morumbi, o Timão venceu por 2 a 0 e empatou em 0 a 0 na terceira e decisiva partida, garantindo o bicampeonato do Brasileirão.
O Mundo é da Fiel (2000)
Virada para o ano 2000. Uma atmosfera de euforia e êxtase se mescla com as tradicionais advertências de que o mundo acabaria. Em 1910 – ano da fundação do Corinthians – foi a mesma coisa. E naquela época era somente o Cometa Halley ...
Mas o que acabou mesmo foi aquela lenga-lenga de chamar o Corinthians de time caseiro. E em alto estilo: no templo mundial dos boleiros, o Maracanã. O Timão, que já colecionava dez títulos internacionais, foi o primeiro campeão de um Mundial de Clubes organizado pela Fifa, a entidade que comanda o futebol mundial.
No Mundial da Fifa, realizado no Brasil, o Corinthians consagrou sua saga de conquistas, tornando-se campeão depois de superar na final o Vasco da Gama, em pleno Maracanã, depois de ter enfrentado Real Madrid, da Espanha, Al Nassr, da Arábia Saudita, e Raja Casablanca, do Marrocos. Participaram também Manchester United, da Inglaterra, Necaxa, do México, e South Melbourne, da Austrália.
Dida foi o herói da final, decidida nos pênaltis, defendendo a cobrança do lateral-esquerdo Gilberto. O "Animal" Edmundo chutou para fora e o "gavião" abriu as asas no Maracanã para o vôo da vitória. O goleiro baiano já havia mostrado por que é o melhor pegador de pênaltis do mundo, defendendo uma cobrança do atacante francês Anelka, evitando a eliminação do Timão diante do Real Madrid.
Mais uma vez a Fiel Torcida deu um show à parte: não repetiu a histórica invasão de 1976, mas o "Maraca" viu, e ouviu, quase 30 mil corintianos calarem 70 mil cruzmaltinos. Em 14 de janeiro, o time que surgiu na várzea fincou seu pavilhão na história oficial da Fifa. Agora, o mundo é do Timão!
Fonte: www.gavioes.com.br
Sob a luz do Cometa Halley, 1910 foi o ano da ousadia. O assunto que ganhava as ruas do bairro do Bom Retiro era o sonho de cinco operários, apaixonados por futebol, de criar um time de garra. Eram eles: Antônio Pereira, Carlos da Silva, Joaquim Ambrósio, Rafael Perrone e Anselmo Correia. Após o trabalho, os cinco amigos percorriam os campos nas várzeas convidando jogadores a se juntar ao time ainda em gestação. À noite, sob um lampião de gás, faziam o balanço da jornada.
À euforia com a organização do novo time foi acrescida a notícia da vinda ao Brasil do Corinthian Football Club, célebre team inglês criado em 1882 e espécie de embaixador do esporte bretão. Em 31 de agosto o esquadrão inglês derrotou a Associação Athlética das Palmeiras por 2 a 0 - nada a ver com o velho rival. A façanha impressionou.
Em 1º de setembro os cinco rapazes ganharam o reforço de oito amigos. Juntos resolveram fundar um time que, para alguns, deveria se chamar Carlos Gomes ou Santos Dumont, mas para a alegria da Fiel Torcida se chamou Corinthians. Assim mesmo, com um "s" a mais, já que a imprensa esportiva da época se referia aos jogadores do fabuloso esquadrão inglês como "os corinthians".
E foi em um sábado ensolarado, em 10 de setembro, que o time entrou em campo pela primeira vez. Desafiou o temível União da Lapa e perdeu por 1 a 0. Um ligeiro tropeço, mas, no jogo seguinte, a sina de vencedor se manifestou contra o Estrela Polar. Luiz Fabi abriu o placar, fazendo o primeiro gol da história do Sport Club Corinthians Paulista, e Jorge Campbell, o segundo. Resultado final: 2 a 0. Uma história de tradição e glórias mil estava apenas começando...
Tri do Tri (1939)
Foi uma conquista incontestável. Sob o comando de Del Debbio, o Timão escreveu, com duas rodadas de antecedência, uma página inédita na história do futebol paulista, faturando o terceiro tricampeonato, um feito que somente a Fiel Torcida pode comemorar.
Teleco, novamente, ficou em primeiro na tabela dos artilheiros, com 32 gols dos 63 do total da equipe. No jogo decisivo, o Timão passou por cima do Santos, batendo por 4 a 1, com dois gols de Carlinhos, um de Teleco e outro de Servílio (foto).
A equipe perdeu apenas uma partida no campeonato, vencendo 17 e empatando duas. E mais: com o título paulista, o 11º da história alvinegra, o Corinthians igualou-se ao Palestra Itália em número de campeonatos até então conquistados.
O Primeiro Mundial (1953)
Depois de encantar a Europa no ano anterior, o Timão ganhou em julho um torneio internacional disputado na Venezuela, reunindo dois poderosos esquadrões europeus, o Barcelona, da Espanha, e a Roma, da Itália, além de um selecionado de Caracas, representando as Américas.
Esse quadrangular ficou conhecido como a Pequena Copa do Mundo. O Timão foi campeão invicto. Na volta ao Brasil, os jogadores foram recebidos como heróis pela Fiel. São Paulo parou para ver o trajeto da comitiva entre o aeroporto de Congonhas e o Parque São Jorge.
A Invasão (1976)
A Fiel fez história no Brasileirão. Empurrou o Timão à vitória contra o Santa Cruz, no Recife, e encarou a "máquina tricolor" para chegar à final. O Fluminense, comandado por Rivellino, era o favorito, e decidia no Maracanã.
Mas a Fiel fez a diferença. Pelo menos 70 mil corinthianos "invadiram" o Rio de Janeiro pela via Dutra, ponte aérea e até por trem, desembarcando na Central do Brasil. Resultado: dividiu o "Maraca" ao meio.
Empurrado pelo 12º jogador, o Timão empatou em 1 a 1 no tempo normal, com gol de meia bicicleta do volante Ruço. Nos pênaltis, o goleiro Tobias levou a equipe à final. Mas o Internacional-RS estragou a festa. Apesar do vice do Brasileiro, a INVASÃO de 1976 ficará na história do futebol brasileiro.
O Fim do Jejum (1977)
Oswaldo Brandão, técnico que levou o Timão à histórica conquista do IV Centenário de São Paulo, em 1954, acabou com a fila de 22 anos. Em 13 de outubro, o Morumbi registrou mais de 86 mil torcedores pagantes (num total de 140 mil, recorde imbatível) empurrando o Timão ao tão sonhado título, no terceiro jogo da final com a Ponte Preta do goleiro Carlos, do zagueiro Oscar e do meia Dicá. No primeiro jogo, o Corinthians venceu por 1 a 0, mas a "Macaca" respondeu no segundo, vencendo por 2 a 1.
Faltavam menos de 10 minutos para o final do terceiro e decisivo jogo quando Basílio marcou o gol mais famoso da história do Timão, ficando eternamente conhecido como o "Pé de Anjo".
Democracia é BI (1983)
"Ganhar ou perder, mas sempre com a Democracia." Com essa faixa os jogadores do Timão entraram em campo na final contra o São Paulo ávidos pelo bicampeonato. O Corinthians liderou o Grupo B na primeira fase (19 vitórias, 12 empates, sete derrotas, 55 gols pró e 35 contra) e ficou em primeiro na chave E, na segunda fase (em seis jogos, três vitórias e três empates).
Nas semifinais, despachou o Palmeiras (1 a 1 e 1 a 0) e na grande final venceu a primeira partida e empatou a segunda, com gol de Sócrates. Delírio na arquibancada. A Fiel fez a festa no "Morum-Bi". O "Doutor" marcou 21 gols, um a menos que Serginho Chulapa, artilheiro do Paulistão.
A Conquista (1990)
Nada mais corintiano do que passar um campeonato inteiro com o coração apertado. E o Brasileirão de 1990 foi exatamente isso. Fazendo jus ao nome de time de virada, o Timão não decepcionou. Neto era o grande nome da equipe, o "Xodó da Fiel", mas quem reinou em 16 de dezembro foi Tupãzinho, fazendo o gol do título então inédito, batendo o São Paulo de Telê Santana por 1 a 0, no segundo e decisivo jogo.
Um Time Campeão (1995)
Ganhar a Copa Brasil de forma invicta, e ser o único clube paulista a conseguir esse feito. Coisa de Timão, que atropelou o Vasco (1 a 0 no Maracanã e 5 a 0 no Pacaembu) nas semifinais e disputou o título com o "copeiro" Grêmio dirigido pelo técnico Luís Felipe Scolari. No jogo de ida, no Pacaembu, o Corinthians venceu por 2 a 1, e foi ao Sul precisando de apenas um empate no estádio Olímpico para ser campeão.
O Timão segurou a pressão e no segundo tempo Marcelinho calou os gremistas, com o gol do título. O Corinthians fez "barba e cabelo", levando também o Paulistão, batendo o Palmeiras na final por 2 a 1, gols de Marcelinho e Elivélton. No primeiro turno, o Timão ficou em quarto lugar (dez vitórias, 12 empates, oito derrotas, 42 gols pró e 32 contra). Na segunda fase ficou em primeiro no seu grupo (cinco vitórias, um empate, 13 gols a favor e cinco contra).
O Melhor do Brasil (1998)
O Timão mostrou mais uma vez que é a equipe da virada. Sob o comando do técnico Wanderley Luxemburgo, o Timão se redimiu e chegou à final, enfrentando o Cruzeiro. No primeiro jogo, no Mineirão, o Corinthians mostrou a sua garra de campeão. Terminou o primeiro tempo perdendo por 2 a 0, mas arrancou o empate com gols de Dinei e Marcelinho. Na segunda partida, no Morumbi, Marcelinho abriu o placar, mas a "Raposa" empatou com Marcelo Ramos.
Às vésperas do Natal, em 23 de dezembro, o Timão deu à Fiel o presente de Natal: bateu o Cruzeiro por 2 a 0, gols de Edílson e Marcelinho, conquistando o segundo título no Brasileirão com uma campanha respeitável: 18 vitórias, 7 empates, 7 derrotas, 57 gols pró e 38 contra.
A Confirmação (1999)
Um ano inesquecível para a Fiel Torcida. No Paulistão, a campanha do Timão (nove vitórias, quatro empates, seis derrotas, 39 gols pró e 29 gols contra) levou a equipe às semifinais, em que atropelou o São Paulo. Na grande final cruzou com o rival Palmeiras e no primeiro jogo venceu por 3 a 0, arrancando empate em 2 a 2 no segundo, o bastante para conquistar o 23º título estadual, o que garantiu ao Timão a hegemonia no Campeonato Paulista no século XX.
Mas o fecho de ouro veio no segundo semestre, com o bicampeonato brasileiro. O Timão, sob comando de Oswaldo de Oliveira, fez história, liderando a competição de ponta a ponta. O Corinthians enfrentou na final outro time mineiro, desta vez o Atlético, e perdeu a primeira partida, disputada no Mineirão, por 3 a 2. No segundo jogo, no Morumbi, o Timão venceu por 2 a 0 e empatou em 0 a 0 na terceira e decisiva partida, garantindo o bicampeonato do Brasileirão.
O Mundo é da Fiel (2000)
Virada para o ano 2000. Uma atmosfera de euforia e êxtase se mescla com as tradicionais advertências de que o mundo acabaria. Em 1910 – ano da fundação do Corinthians – foi a mesma coisa. E naquela época era somente o Cometa Halley ...
Mas o que acabou mesmo foi aquela lenga-lenga de chamar o Corinthians de time caseiro. E em alto estilo: no templo mundial dos boleiros, o Maracanã. O Timão, que já colecionava dez títulos internacionais, foi o primeiro campeão de um Mundial de Clubes organizado pela Fifa, a entidade que comanda o futebol mundial.
No Mundial da Fifa, realizado no Brasil, o Corinthians consagrou sua saga de conquistas, tornando-se campeão depois de superar na final o Vasco da Gama, em pleno Maracanã, depois de ter enfrentado Real Madrid, da Espanha, Al Nassr, da Arábia Saudita, e Raja Casablanca, do Marrocos. Participaram também Manchester United, da Inglaterra, Necaxa, do México, e South Melbourne, da Austrália.
Dida foi o herói da final, decidida nos pênaltis, defendendo a cobrança do lateral-esquerdo Gilberto. O "Animal" Edmundo chutou para fora e o "gavião" abriu as asas no Maracanã para o vôo da vitória. O goleiro baiano já havia mostrado por que é o melhor pegador de pênaltis do mundo, defendendo uma cobrança do atacante francês Anelka, evitando a eliminação do Timão diante do Real Madrid.
Mais uma vez a Fiel Torcida deu um show à parte: não repetiu a histórica invasão de 1976, mas o "Maraca" viu, e ouviu, quase 30 mil corintianos calarem 70 mil cruzmaltinos. Em 14 de janeiro, o time que surgiu na várzea fincou seu pavilhão na história oficial da Fifa. Agora, o mundo é do Timão!
Fonte: www.gavioes.com.br
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